Um estudo da Intel revelou que a migração para nuvem deverá atingir cerca de 94% das organizações globais até 2020. Ou seja, dentro de pouco menos de dois anos, a cloud computing será praticamente o foco principal da computação existente nas grandes empresas.
Nesse movimento, os gestores de TI estimam que ganharão entre 45% e 87% de eficiência operacional, especialmente no quesito tempo de provisionamento dos serviços e recursos (disponibilidade).
Se pensarmos que há pouco mais de cinco anos a nuvem era vista como uma grande novidade, temos uma mudança significativa no comportamento corporativo em relação à virtualização de infraestrutura, aplicações, recursos e serviços. Sobre isso, vamos refletir ao longo deste artigo.
Continue lendo para entender como está o cenário brasileiro quando o assunto é migração para a nuvem!
Vamos começar listando as principais razões pelas quais empresas de todos os portes e em todos os segmentos de atuação optam por migrar infra, aplicações, recursos e serviços para a computação em nuvem:
Se pensarmos nos softwares como serviço (Software as a Service — SaaS), por exemplo, já temos um motivo claro para a migração para nuvem: mitigação de custos iniciais de compra e implementação.
Ao estendermos a prática para a infraestrutura de TI como um todo, a queda nos gastos pode ser de mais de 50% na comparação com o modelo tradicional. Afinal, é o provedor de serviços de nuvem que precisa se preocupar com a manutenção de seus servidores e a empresa cliente paga apenas pelos recursos que usa, quando usa, dentro de um acordo firmado previamente.
Outro ponto positivo para as empresas que optam pela migração para a nuvem é a escalabilidade tecnológica. Sempre que necessário, é possível alterar o acordo para incluir mais recursos. E isso é realizado rapidamente, sem a necessidade de intervenções máquina a máquina.
Além disso, o uso baseado na web permite que os usuários acessem as aplicações com facilidade em qualquer local com conexão e por meio de qualquer dispositivo (desktop, notebook, tablet, smartphone etc). Assim, os profissionais não ficam restritos às quatro paredes dos escritórios, o que eleva a mobilidade e torna o negócio mais competitivo.
A migração para nuvem também contribui para a tendência de uma TI menos operacional, mais analítica e estratégica.
Com recursos sendo entregues por um fornecedor de confiança, gestores, analistas e assistentes de tecnologia podem se dedicar a fornecer inovação tecnológica ao negócio em vez de se preocupar com questões técnicas.
A computação na nuvem também eleva os níveis de segurança dos dados. Ou seja, a empresa não precisa se preocupar com investimentos robustos em ferramentas, métodos e profissionais especializados para manter suas informações seguras, disponíveis e confiáveis.
É o provedor de serviços de nuvem que precisa se atualizar constantemente para cumprir com os requisitos de segurança da informação prometidos em contrato. E ele dispõe de recursos e métodos testados e aprovados internacionalmente.
Por fim, a migração para nuvem torna as empresas mais compatíveis para a inovação.
Com recursos tecnológicos virtualizados, sem necessidade de fazer grandes investimentos e com mais segurança da informação, fica mais fácil tornar processos e estratégias mais digitais, o que propicia terreno fértil para a inovação.
Com a concorrência cada dia mais acirrada, a empresa que dispõe de tecnologia consegue se destacar, criar produtos e serviços e vencer a disputa mercadológica — não é em vão que uma em cada nove empresas da América Latina devem empreender uma estratégia de transformação digital em 2018, segundo a IDC.
Ao olharmos para o Brasil, que, de acordo com a IDC, detém 45% da produção e do consumo de tecnologia na América Latina, vemos claramente a migração para a nuvem acontecendo.
A tendência de migrar parcial ou totalmente as capacidades tecnológicas para a nuvem começou a se concretizar um tanto quanto tarde no país, uma vez que os grandes players globais do setor chegaram por aqui há pouco mais de dois anos. No entanto, o movimento vem se intensificando significativamente — para muitos especialistas, o ano de 2018 será crucial nesta nova realidade.
Um relatório produzido pela SolarWinds em 2017 revelou um forte crescimento da migração de aplicativos críticos para o modelo de computação em nuvem no Brasil. Para os executivos que responderam à pesquisa, os motivos mais latentes para a decisão de migrar para a nuvem são: maior potencial de retorno sobre investimentos, economia de recursos financeiros e escalabilidade elástica (possibilidade de aumentar ou reduzir os recursos conforme a demanda da empresa).
No país, a nuvem híbrida — ou seja, a junção do modelo público com o privado — tem uma grande aceitação, especialmente entre os médios e grandes negócios. Os pequenos empreendimentos, que não possuem uma grande infraestrutura legada, optam pela nuvem pública com bastante facilidade. Já a exclusividade da nuvem privada é melhor aceita em grandes indústrias multinacionais e no setor bancário, especialmente para armazenamento e processamento de transações financeiras.
Seguindo a tendência latino-americana, apontada pela IDC, as empresas brasileiras deverão seguir em estratégias multi cloud, ou seja, adotando soluções e serviços de mais de um provedor, conforme suas necessidades operacionais e táticas.
Em suma, para os gestores de TI e para os empresários que já entenderam o quanto a computação em nuvem pode significar um divisor de águas em seus negócios, a boa notícia é que as estratégias em torno da computação em nuvem está começando a penetrar a cultura empresarial brasileira, o que deve facilitar bastante o processo de migração.
Com mais provedores de serviços de nuvem ofertando soluções e mais mão de obra especializada, o poder de transformação digital das empresas brasileiras vai se expandindo. E isso, como vimos até aqui, é excelente!
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