No passado, não existiam muitas variáveis na hora de contratar um servidor para uma empresa. Hoje em dia, no entanto, a tarefa é mais complexa: já existem dois modelos distintos de memória disponíveis no mercado. Eles são o HDD (ou Hard Disk Drive) e o SSD (Solid States Drive). Qual escolher: SSD ou HDD?
Quer saber qual é o melhor tipo de memória para o servidor da sua empresa? Para ajudar você nessa decisão, vamos explicar em detalhes quais são as principais diferenças entre HDDs e SSDs e quais são as vantagens específicas de cada um deles. Acompanhe a leitura!
Os HDDs surgiram em 1956 e são os sistemas de armazenamento de dados tradicionalmente conhecidos como disco rígido.
Ao contrário do que acontece em uma memória RAM, os dados armazenados em um HDD não desaparecem quando o sistema é desligado. Por isso, diz-se que um disco rígido é um tipo de memória não-volátil, assim como o SSD.
Essencialmente, em um HDD, os dados são armazenados em um conjunto de discos metálicos rotativos com revestimento magnético. A leitura e a gravação dos dados ocorrem por meio de um braço móvel, à medida que os discos metálicos giram.
A comunicação de dados entre o HDD e o computador pode acontecer de diversas maneiras. Os modelos de transferência de dados mais populares do mercado são SATA (Serial AT Attachment) e SAS (Serial Attached SCSI).
Ao passo em que os HDDs baseados em SAS são mais rápidos e confiáveis, os HDDs baseados em SATA tendem a ter uma capacidade de armazenamento maior. Por esse motivo, SAS é mais utilizado em servidores e SATA em computadores domésticos.
Os SSDs são modelos de memória não-volátil mais atuais — começaram a ser comercializados em 2007 — e são considerados a evolução dos dispositivos de armazenamento de dados tradicionais.
Em vez de discos metálicos, o sistema de armazenamento SSD consiste em diversos chips interconectados de memória flash, sem partes móveis, de maneira semelhante a um pen-drive. Esses chips podem ser instalados permanentemente na placa-mãe de um sistema, em um cartão PCI Express ou como uma caixa adaptável em um laptop ou disco rígido.
Nessa espécie de memória, o sistema é composto pelo control gate (ou controlador) e pelo floating gate. Enquanto o floating gate armazena os dados, o control gate é responsável por realizar a comunicação da memória com o computador.
Atualmente, a maioria dos SSDs utiliza a tecnologia Multi-Level Cell (MLC), armazenando dois bits por célula de memória.
Seja SSD ou HDD, o fato é que ambos os tipos de memória são capazes de executar as mesmas funções, como iniciar o sistema e armazenar aplicações e arquivos. Contudo, cada modelo possui suas próprias vantagens e desvantagens em diversos pontos.
Separamos, a seguir, as principais diferenças entre SSD e HDD por fator analisado:
Se você está buscando mais agilidade no seu servidor, então aposte no SSD! Atualmente, a velocidade de cópia e gravação de arquivos em SSDs varia de 200 MB/s até 550 MB/s, em comparação com uma média de 50 a 120 MB/s nos HDDs. Além disso, a velocidade de abertura de arquivo nos SSDs é 30% superior aos HDDs.
Na prática, isso significa que uma máquina com um SSD vai iniciar o sistema, executar aplicativos e transferir arquivos em uma questão de minutos ou, até mesmo, segundos. Como um HDD depende inteiramente de partes mecânicas e móveis para a leitura ou gravação de dados, demora um pouco mais até ser capaz de realizar essas tarefas específicas.
Se você precisa de mais capacidade de armazenamento no seu servidor, por outro lado, um HDD pode ser o caminho ideal. Isso porque, apesar de a capacidade dos SSDs aumentar gradualmente com o avanço da tecnologia, ela ainda é mais baixa em relação aos HDDs.
No mercado atual, por exemplo, a memória de um SSD costuma variar de 120GB a 1TB. Um HDD, por sua vez, costuma variar de 500GB a 2TB (já existem modelos com 10TB de capacidade de armazenamento, mas esses ainda apresentam um preço de aquisição mais alto).
Um SSD não precisa gastar energia com peças móveis (discos e braço mecânico), como no caso do HDD. Com isso, um SSD ganha em eficiência, resultando em uma média de 30 minutos a mais de bateria em relação a um disco rígido tradicional.
Como já estão no mercado há mais tempo, os HDDs geralmente apresentam um preço mais acessível para o bolso dos consumidores. Simplificando bastante, um SSD custa em média US$0,20 por gigabyte (com base em um drive de 1TB), enquanto um HDD custa em média US$0,03 por gigabyte (com base em um drive de 4TB).
Até aqui, você já sabe que uma memória SSD não conta com partes móveis, o que a torna extremamente silenciosa em relação a um HDD tradicional.
Mesmo um disco rígido de última geração vai emitir cliques e ruídos de rotação audíveis, e isso tende a se intensificar nos casos de discos mais rápidos.
A média da taxa de falha de um SSD equivale a 2 milhões de horas, para 1,5 milhões de um HDD. Outro detalhe é que, ao contrário do HDD, a mémória SDD não é afetada por magnetismo. Ou seja, SDD tem uma vida útil maior.
Resumindo, o SSD é escolha ideal caso você esteja disposto a pagar mais por uma memória mais durável, com performance mais rápida e capacidade de armazenamento limitada.
Por outro lado, um HDD será a melhor escolha caso você precise de maior capacidade de armazenamento e não dependa tanto de uma memória que inicie seus sistemas e aplicações agilmente.
No entanto, mantenha em mente que a performance de ambos os tipos de drive pode ser influenciada por outros fatores.
A UNDER, por exemplo, utiliza controladoras RAID (Redundant Array of Independent Disks) para gerenciar os discos, independentemente de serem SSD ou HDD. Com isso, a controladora RAID permite que um disco supra outro caso haja alguma falha, e ainda faz a soma dos IOPS (Input/Output per Second), agregando em segurança e performance para o seu servidor.
Este artigo foi útil para você? Tem interesse em saber mais sobre o mercado de tecnologia, cloud e data center? Então, assine a nossa newsletter e receba as nossas atualizações direto no seu e-mail!