A quantidade de dados digitais cresceu tremendamente nos últimos anos e, com isso, surgiu o Big Data, termo que refere-se a um processo de análise de dados para direcionamentos estratégicos nas empresas. E isso não se aplica somente àqueles que têm seus negócios focados em tecnologia. Existem casos de sucesso de Big Data em empresas de todos os tipos.
Todos sabemos que grandes empresas digitais como a Amazon, a Uber e a Netflix usam dados importantes para gerar tudo, desde o desenvolvimento de novos produtos até a previsão de quais filmes o manterão colado na sua cadeira. Contudo, os varejistas, as instituições públicas e empresas consolidadas enfrentam situações únicas que muitas empresas digitais não enfrentam e, mesmo assim, estão investindo em Big Data.
Os dados sempre foram importantes nos negócios, é claro. Porém, com a chegada das tecnologias digitais, ficou clara a necessidade de ajudar as empresas a desenvolverem uma vantagem competitiva sustentável.
Confira 6 empresas com casos de sucesso de Big Data:
Monsanto aproveita a análise de dados para elaborar projetos otimizados de plantio. Os agricultores estão sempre perguntando sobre quais sementes plantar, quanto, onde e quando. Essa empresa usa a ciência dos dados para fazer recomendações prescritivas para o plantio.
Eles usam os modelos matemáticos e estatísticos para planejar os melhores momentos e locais para cultivar plantas masculinas e femininas. A ideia é maximizar o rendimento e reduzir a utilização da terra.
Seu algoritmo de aprendizado de máquina atinge mais de 90 bilhões de pontos de dados em dias, em vez de semanas ou meses. Isso pode reduzir e otimizar a extensão da área de plantio, inclusive.
O grupo Pão de Açúcar tem um sistema de relacionamento com o cliente voltado para a fidelização do seu público externo. Chamado de Clube Extra, o sistema tem o objetivo de não só promover a aproximação com clientes mas também com fornecedores.
De forma simples, o cliente se cadastra no programa da rede de supermercados e pode acumular pontos por meio de compras online ou em lojas físicas. Os dados originados com essa plataforma são analisados para relacionar os clientes com os produtos, com as marcas favoritas e com os mais consumidos.
Operacionalmente, o sistema com a tecnologia Big Data otimiza o estoque, visto que a empresa terá conhecimento prévio sobre o quanto se deve comprar de determinado produto, tendo em vista os custos de mantê-lo.
As instituições governamentais também estão investindo no uso de Big Data. O Ministério da Justiça do Brasil usa um banco de dados imenso, com mais de 1 bilhão de registros.
Para poder analisar todos os dados, o Ministério da Justiça conta com o auxílio da tecnologia Watson da IBM, desenvolvida para coletar e processar dados em milésimos de segundos. Ele ainda utiliza o Big Data para identificar ações ilícitas, especialmente relacionadas com lavagem de dinheiro.
Antes que as portas se abram diariamente em cada um dos 2.213 estabelecimentos da Zara em todo o mundo, os funcionários e os gerentes compartilham detalhes dos artigos mais vendidos do dia anterior, peças devolvidas pelos clientes, feedback dos compradores, bem como tendências que a equipe tem percebido.
Usando um sistema sofisticado orientado para a tecnologia, analistas divulgam as atualizações diárias e usam-nas para pintar uma imagem precisa do que exatamente os clientes da Zara estão exigindo.
Essa informação é rapidamente traduzida por uma vasta equipe de mais de 300 designers internos em projetos tangíveis que obedecem às tendências de moda, que são decentemente feitos e vendidos a preços acessíveis. E, em 21 dias, a nova peça está disponível no varejo.
Enquanto a maioria das marcas de moda rápida tentam antecipar o que os clientes desejam, a Zara ganha a tendência, obtendo os comentários dos clientes. As lojas são abastecidas duas vezes por semana — com pedidos uma vez antes do fim de semana e uma vez depois. O estoque é novo e o cliente geralmente pode encontrar itens que são exclusivos.
A Zara está sempre preparada para dar aos consumidores o que eles querem ou, melhor ainda, o que eles nem sabem que precisam. E, ao que parece, esse é o segredo do seu sucesso.
Não chega a ser uma grande surpresa, mas a Agência Espacial Norte-americana (NASA) tem diversos programas que contam com o uso de Big Data. Um exemplo é o projeto de pesquisa sobre mudanças climáticas, com análises de dados importantes coletados por meio de 16 satélites de ciências da terra da NASA para o programa de ciência climática, monitorando a qualidade do ar, os oceanos e os furacões, entre outros.
Outro projeto é o supercomputador Pleiades — o supercomputador mais avançado do mundo para modelagem e simulação. Ele é um dos mais poderosos instalados no Centro de Pesquisa da NASA em Moffett Field, Califórnia, e apoia as missões da agência na exploração da ciência terrestre e espacial, aeronáutica, futuras viagens espaciais e explorações.
Pleiades já foi usado para explicar a atmosfera do sol por meio de modelos numéricos avançados. Usado para modelagem e simulação, esse supercomputador ajuda os pesquisadores da NASA a aproveitar os recursos computacionais vastos e incorporar simulações em escalas espaciais.
A Nike é líder mundial em várias categorias de calçados e vestuários esportivos e está investindo pesadamente em aplicativos, wearables e Big Data. A Nike está olhando além dos produtos físicos e pretende criar marcas de estilo de vida que os atletas não querem correr sem.
A empresa tem 13 linhas diferentes, em mais de 180 países. No entanto, a forma como ela segmenta e serve esses mercados é o seu diferencial real. Nike divide o mundo em empreendimentos esportivos em vez de apenas em geografia. A teoria é que as pessoas que jogam golfe, por exemplo, têm mais em comum do que as pessoas que simplesmente vivem próximas umas das outras.
Essa estratégia de varejo e marketing é, em grande parte, impulsionada por Big Data. A Nike tem investido também em análise de dados demográfica para definir seus mercados de teste e impulsionar seus negócios.
Como você pôde perceber, o Big Data auxiliou essas empresas a alavancarem seus negócios e a alcançaram excelentes resultados. Quer saber mais sobre o uso do Big Data? Veja o nosso outro artigo sobre o assunto!