Um dos assuntos mais falados dos últimos anos e que ganha cada vez mais força no mundo da TI, é a Internet das Coisas (Internet of Things — IoT). A Gartner, empresa global de pesquisas em tecnologia, por exemplo, prevê 20,4 bilhões de dispositivos conectados à web, dentro do conceito de IoT, até 2020 — em 2015, eram apenas 8 bilhões.
E mais: este fenômeno é tão importante que levou o governo brasileiro a firmar acordo com a McKinsey & Company Brasil em 2016, para desenvolver de estudos de implementação de IoT no Brasil.
Não é possível falar em transformação digital sem que a Internet das Coisas não esteja incluída. Ela é um dos pilares deste movimento, que também engloba Cloud Computing, Big Data, Mobile Tech e sua gama de recursos e serviços relacionados.
É sobre isso que vamos conversar ao longo deste texto.
Continue lendo para entender!
Vamos começar relembrando, rapidamente, o que é a Internet das Coisas (IoT).
Na definição do glossário de TI da Gartner, trata-se da “rede de objetos físicos que contêm tecnologia incorporada para se comunicar e detectar ou interagir com seus estados internos ou o ambiente externo”.
Na prática, estamos falando de diversas tecnologias utilizadas para permitir que qualquer coisa, por mais improvável que seja, esteja conectada à web (por meio de aplicativos, sensores etc.).
Veja, a seguir, quais são as principais tendências da área em 2018 — coisas que todo profissional de TI e negócios precisa ficar atento!
À medida que as empresas vão avançando na transformação digital de suas operações e estratégias, elas aumentam a conectividade de seus dispositivos. Isso está na previsão da Gartner e também de outras consultorias especializadas, como a IDC.
Em 2018, este movimento será ainda mais acentuado, com a adoção de mais dispositivos móveis, sensores e outros tipos de equipamentos conectados para elevar o nível de competitividade tanto em termos de produção industrial quanto em táticas de marketing e vendas, por exemplo.
Os benefícios do uso de dispositivos inteligentes incluem impulsionar o engajamento dos clientes, aumentar a visibilidade e racionalizar a comunicação, que incluirá novas interfaces homem-máquina, como interface de usuário de voz (VUI) ou Chatbot, etc.
Tal como acontece com a maioria das tecnologias, a segurança será o principal desafio neste ano. À medida que o mundo se torna cada vez mais tecnológico, os dispositivos são facilmente atacados por cibercriminosos.
A Evans Data afirma que 92% dos desenvolvedores da IoT dizem que a segurança continuará a ser um problema no futuro. As empresas não só precisam se preocupar com smartphones e outros dispositivos em suas redes, mas também com o avanço da chamada “indústria hacker” especializada em Internet das Coisas.
Daí que está surgindo no dia a dia dos especialistas em TI o termo Blockchain Convergence — conceito que refere-se a uma lista crescente de registros, denominados blocos, que estão vinculados e protegidos usando criptografia.
A Blockchain funciona ao aprimorar compromissos confiáveis em um padrão seguro, acelerado e transparente de transações. Os dados em tempo real de um canal IoT podem ser utilizados em tais transações, preservando a privacidade de todas as partes envolvidas.
Como nenhuma tecnologia se desenvolve isoladamente, uma ampla gama de aplicativos IoT vai envolver a integração com recursos de aprendizado de máquina, reconhecimento de imagem, realidade aumentada, bloqueio e outras sinergias tecnológicas em 2018.
Todo o conceito de manutenção preditiva — uma das aplicações mais promissoras do IoT nos mercados de fabricação — é construído sobre a integração da aprendizagem de máquinas na infraestrutura IoT.
Com a ajuda da aprendizagem por máquinas, os silos de dados gerados em tempo real e legados se transformam em insights e modelos preditivos capazes de prever o desgaste das máquinas, automatizar a manutenção, prevenir o mau funcionamento e, obviamente, reduzir o custo.
Segundo a Gartner, neste ano veremos mais colaboração entre projetos, ferramentas e recursos em plataformas industriais.
O compartilhamento dinâmico de dados é o coração da Internet das Coisas. Assim, o Big Data Analytics será cada dia mais fundamental para a criação de aplicativos sensíveis.
A integração de canais de dados IoT com mecanismos de aprendizado de máquina para recuperar informações analíticas sob demanda já ganhou impulso em 2017 e, definitivamente, crescerá exponencialmente em 2018.
Como um provedor de serviços IoT, as empresas devem orientar sua inovação para uma análise preditiva construída.
De acordo com um estudo da Assam University (Índia), a necessidade de habilidades de Big Data aumentará 75% e o uso de dados em sistemas de RH, por exemplo, já começou a ser implementado em escala mundial.
Uma vez que a integração da tecnologia em nossa vida tem uma maior aceitação, as marcas que usam geolocalização para sugerir automaticamente atualizações relevantes, por exemplo, vão aprimorar a busca de informações mais personalizadas sobre seus clientes.
E esses dados serão aproveitados para ações de marketing ainda mais personalizadas e eficazes a partir deste ano.
Tradicionalmente, as empresas escolheram Wi-Fi e redes móveis para ampliar suas conectividades. Neste ano, com o avanço da Internet das Coisas, elas já estão considerando novas opções de conectividade (5G, LPWAN, etc.).
Nesse movimento, novas tecnologias integradas abrirão caminho para modelos de negócios ainda mais inovadores do que temos visto na indústria de TI.
Para as empresas usuárias dos recursos de conectividade, isso resultará em maior redução de custos e melhorias nos serviços, pois a competitividades entre os desenvolvedores tenderá a ficar ainda mais acirrada.
O que você achou das tendências em Internet das Coisas para 2018? Continue aqui no blog. Veja agora quais são as 9 tendências de TI para 2018 que você precisa conhecer!