A gestão da inovação já é uma prática comum em empresas que reconhecem que precisam evoluir para não serem levadas por ondas disruptivas. Ainda que algumas mudanças sejam uma tendência de uso, é importante que gestores, principalmente os de TI, fiquem atentos ao mercado e aos seus clientes para identificar oportunidades.
Se, por exemplo, as gravadoras tivessem reconhecido o potencial revolucionário do mp3 quando ele começou a ser procurado por usuários, elas poderiam ter tirado mais proveito de uma nova forma de distribuição. O que só aconteceu anos depois.
Isso provavelmente ocorre porque algumas empresas acreditam tão cegamente no seu negócio que não param para pensar em como modernizá-lo. Para que essa falha não aconteça, é mais do que necessário adotar uma gestão de inovação eficiente.
Neste post vamos destacar a importância dessa iniciativa e mostrar sete boas práticas que você pode seguir.
A área de tecnologia da informação é um dos segmentos que mais se transforma e nele as mudanças ocorrem de forma muito mais rápida do que em outros setores. Isso tem explicação. Uma delas está relacionada ao volume de informações produzidas e compartilhadas na atualidade e à necessidade de desenvolver estruturas que comportem toda essa demanda.
Imagine como seria ineficiente esperar que uma estrada antiga, com apenas uma faixa, conseguisse atender ao aumento do fluxo de carros sem que fosse realizada uma obra que ampliasse a via?
O mesmo acontece com o tráfego de dados e o data center. Se não são projetados para atender à crescente demanda, podem ficar obsoletos em pouco tempo. E ter essa visão estratégica é responsabilidade de quem cuida da gestão da inovação, pessoa que deve estar sempre com o olhar no futuro.
Outra peculiar sobre as soluções de tecnologia é que cada uma delas tem uma curva de amadurecimento e, depois de certo ponto, tendem a ser substituídas, pois as demandas já não são as mesmas. Por conta dessa característica, é importante que a gestão da inovação esteja atenta às tendências e ao que é preciso evoluir em TI.
É por meio da tecnologia que os processos, serviços e produtos são aprimorados. Quando ela é incluída em um processo, a empresa ganha em produtividade. Se auxilia na realização de um serviço, a experiência do cliente é aperfeiçoada, o que é ótimo para o negócio. E quando é usada em um produto, abre novas fronteiras e pode virar exponencial.
Já se foi o tempo em que ideias surgiam isoladas em uma organização. Hoje existem metodologias e processos para implementá-las. A gestão de inovação se tornou uma nova área de conhecimento e, com isso, traz teorias de várias outras áreas, como engenharia, tecnologia da informação, gestão de projetos, entre outros.
A primeira coisa que você deve saber é que toda demanda de gestão da inovação exige um esforço de convencimento dentro da própria empresa, tanto dos diretores como do seus pares. Portanto, comece disseminando a ideia e o seu conceito. Em seguida, você tem que encarar essa missão como um projeto, identificando as fases e tarefas, e dividindo isso com a sua equipe.
Lembre-se sempre de que se você está pleiteando uma área ou grupo de trabalho para gestão da inovação; você deve incluir o hábito de pensar nisso na sua rotina. Destine algum tempo do seu dia para pensar em como melhorar seu próprio processo e incorporar novas ideias.
Tenha em mente, ainda, que você só irá convencer as pessoas com dados concretos. Colete dados da base de clientes, do mercado, de projetos e de processos. E por fim mostre que a inovação pode trazer um valor concreto para a empresa, como a redução de custos.
Faça um experimento. Coloque algumas pessoas em uma sala e diga que elas têm alguns minutos para solucionar um problema. A necessidade é criar um controle remoto com apenas um botão. No início, elas dirão que é impossível, mas em seguida tentarão criar algo diferente do que conhecem para cumprir a exigência.
As inovações, geralmente, surgem de problemas, como fazer algo com um custo menor e menos gente para ganhar competitividade no mercado. Então analise qual é o problema na sua empresa, pense em formas de resolver e (muito importante) olhe para os seus consumidores. Como eles interagem com o produto, como eles buscam satisfazer as próprias necessidades. Com isso em mente, o próximo passo é desenhar o projeto.
Como falamos anteriormente, as ideias não aparecem mais soltas, elas precisam ser geradas de uma forma estruturada. Para isso, hoje em dia existe a metodologia de design thinking que cria um fluxo para que essas ideias atendam ao problema a ser corrigido ou ao aprimoramento do processo.
É preciso criar um ambiente que favoreça a criatividade e não intimide as pessoas de terem ideias. O processo deve ser mais colaborativo do que individual e contar com uma equipe multidisciplinar.
Essa é a parte em que os egos se chocam, por isso é importante ter um trabalho construtivo, do qual todos se sintam parte. A seleção das ideias pode se dar de forma democrática ou por votação de um comitê.
No entanto, é preciso existir uma coerência entre o projeto e o quanto a empresa tem para investir nele (mais ou menos um mundo ideal x mundo real). Para isso, existe outra forma prática de tomar uma decisão, classificando-os em quanto de esforço demandam versus resultados que podem trazer.
Se você colocar isso em uma matriz e cruzar essas duas características, verá quais projetos devem ir para frente e quais devem ser deixados de lado. Só não os descarte ainda, porque eles podem ser concretizados depois.
A gestão da inovação do setor de TI pode ser mais fácil do que você imagina, já que o mercado como um todo vem passando pela transformação digital. Portanto, esse é o momento para sugerir essa iniciativa na sua empresa.
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